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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pequena Miss Sunshine

Olá Pessoal,

Primeiramente, peco desculpas pela falta de postagens. Estou em viagem, fazendo cursos e descobrindo coisas interessantes sobre projetos contra o bullying aqui na Europa. Em breve postarei coisas bacanas sobre essa experiência.

Bom, mas coloco hoje um texto muito bom. Não é sobre bullying, mas vale a pena a reflexão. Afinal, trata-se de moralidade, futuro, educação, enfim, retrata uma realidade. Parabéns ao autor do texto!!

Espero que gostem!

Carolina Giannoni Camargo.

 Segue o texto!

Pequena miss sunshine


Todos os pais acreditam ser a sua prole o suprassumo da humanidade. São os filhos mais bonitos do mundo, inteligentes demais para idade, talentosos com a bola. É normal, chama-se corujice, e lá no começo da humanidade deve ter sido importante para proteger os filhos e garantir a existência da espécie.
Até aí tudo bem. Até é fofo ver os pais babarem por seus filhos e nos bares enaltecerem as qualidades deles, como já declinam verbos de maneira correta, como a meleca é mais verdinha. Mas tenho a impressão que isso vem passando dos limites do razoável. Já tinha me chocado com um programa sobre concursos infantis que passa em um canal de TV a cabo. As meninas se vestem, desfilam, respondem a perguntas como se fossem verdadeiras mulheres, candidatas a miss universo em potencial. Tem até concurso de talentos.
Desde o primeiro instante aquilo me chocou. Achei bizarro como mães e pais projetam nos seus filhos sonhos que povoaram as suas mentes quando eram jovens. A criança, parece, passa a ter o mesmo sonho dos pais, procura corresponder às expectativas nela depositada.
A cada episódio, chororôs e acusações de manipulação de resultados. Frustrações, muitas frustrações. A esta altura já não se sabe mais quem é a pessoa mais triste, a mãe — ao tomar contato com a realidade de que algumas pessoas (tolas, claro) não acham a filha dela a mais bonita, talentosa, simpática e inteligente de todo o mundo — ou a criança, que de tanto elogio parental, passou a acreditar nas mesmas coisas que a mãe.
Até aqui tudo bem, diria um filme. Mas, segundo a velha e pétrea Lei de Murphy, nada é tão ruim que não possa piorar.
Ao depositarem seus sonhos e desejos nas costas dos filhos, os adultizam precocemente. Acham, por exemplo, normal seios postiços em crianças de quatro anos. Querem as transformar em verdadeiras mulheres de 4 anos de idade. Ou, ainda, pôr botox na belezura de 8 anos de idade e dar cirurgias plásticas de presente para adolescentes.
Não se questionam padrões, se submetem a eles. Não se questionam padrões, submetem a eles suas lindas filhas. Temos, assim, toda uma geração de crianças hipersexualizadas (correspondendo aos desejos dos pais) e extremamente frustradas por não conseguirem correspndê-los.
Jogadas desde cedo num mundo brutal e hipercompetitivo, o que serão delas? O que, de fato, estamos criando?

2 comentários:

  1. Olá, gostaria de colocar meu livro sobre bullying, um romance chamado Ninguém vive sozinho como parceiro do blog. Aguardo contato. Meu email é samirsenna@yahoo.com.br

    Eis a sinopse do livro:

    Pedro chega ao Ensino Médio com a esperança de finalmente se livrar do jugo a que fora submetido nas outras escolas. Sempre havia sido motivo de chacota, e agora, diante de uma nova etapa em sua vida, espera que tudo possa ser diferente. No entanto, ali na nova escola, ele encontra alunos com a mesma predisposição para humilhar o próximo, e percebe-se caindo na mesma armadilha de sempre, a do fenômeno que mais tarde ele descobrirá se chamar bullying. Apesar disso, ele se torna amigo de Carlos, um menino pobre e que só estuda no mesmo colégio de Pedro por causa da bolsa de estudos que conseguiu por ter tirado uma das maiores notas na prova de seleção. A partir daí, ambos se veem descobrindo-se na história do outro, pois Carlos também era vítima de bullying antigamente, mas na nova escola conseguiu se livrar de ser humilhado. E o motivo disso só mais tarde ele entenderá. Enquanto isso, Carlos vai travando uma batalha consigo mesmo para decidir se assiste passivamente ao que fazem com seu amigo, ou se toma uma atitude, o que poderá fazer com que ele se torne alvo do bullying também. Além desse enredo que conduz a história, o romance demonstra quanto uma amizade leva tempo para ser construída, como facilmente nos deixamos enganar pelas aparências e julgamos nossos semelhantes, e quanto dói nos pais saberem que aqueles a quem eles amam sofrem nas mãos de colegas de turma na escola.

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    Respostas
    1. Obrigada, Samir! Envie-nos um email: contato.bullying@yahoo.com.br para análise. Abraços!

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